Alimentação Energética

Os alimentos têm, impressos em si, um temperamento próprio e, por isso, quando ingeridos, induzem a certos comportamentos característicos, determinados através da sua química natural. As frutas detêm as energias mais sutis, as quais o ser humano ainda não se habilitou a receber diretamente da fonte viva. No entanto, selecionar as boas substâncias alimentícias, por si só, não basta. São necessários, também, a conquista e o controle da segregação orgânica que irá atuar nestas substâncias alimentícias.

Abordando-se o assunto da alimentação a um nível de maior amplitude de consciência, tem- se muito o que falar sobre o seu objetivo principal a nutrição. Alimentar-se, ou ingerir alimentos, nem sempre é nutrir-se. O ser humano, entretanto, necessita basicamente de nutrição e, à medida que vai evoluindo, tende muito mais a desenvolver o ato de nutrição do que o da alimentação.
No dia em que a medicina oficial encarar o homem como um centro gerador da sua própria química estará dando, aos seres humanos urna orientação exata que lhes permitirá moldar seus métodos de vida através de uma conscientização em massa. E, com isso, poderão adotar hábitos de nutrição condizentes com as necessidades básicas e verdadeiras da constituição orgânica que possuem.
Convém, no entanto, ressaltar que a base da alimentação, hoje, contraria totalmente o seu objetivo natural que é a nutrição. O ato de alimentar-se tomou-se um ato de prazer. De um prazer que é colocado acima da integridade da saúde.

Sabe-se que, para se ter um corpo são, é necessária uma mente sã e vice-versa. Porém, para se ter um corpo e uma mente saudáveis, é de fundamental importância que se tenha uma alimentação sadia.
Atualmente, o organismo humano deixou de ser uma usina substancial energética para se transformar num depósito que armazena substâncias, muitas vezes, tóxicas. E estas substâncias tóxicas bloqueiam o bom funcionamento da comunicação energética do organismo entre as partes intermitentes e interfuncionais das. substâncias, dos órgãos, dos filamentos etéreos que ligam o homem mecânico ao Ser Teodinâmico. O corpo se transforma numa ·espécie de parede sedimentada, dificultando a evaporação através da temperatura corporal, das substâncias orgânicas em processo de eterização que necessitam se expandir para se constituírem como veículos de vários níveis de energia. E, quanto mais isto acontece, mais intoxicado vai-se tornando o sistema orgânico do homem mecânico.

Consequentemente menor será a internalização com o ser Teodinâmico que é o ser energético hiperativador através do princípio ativo, das funções psico-emocionais-orgânicas.

É necessário que se desintoxique o organismo, permitindo-se, com isto, um maior acoplamento do Ser Teodinâmico ao homem mecânico, para que ambos possam agir em conjunto e não, numa conjugação simplesmente parcial.
Quando a ação é parcialmente conjugada, o homem mecânico sofre muito pela falta de lucidez, de uma orientação superior. Tal falta o perturba, caindo ele, então, num estado depressivo de autodestruição de vários níveis da sua individualidade. Muitas vezes, no entanto, as pessoas nem sentem que estão se autodestruindo em função de certas atitudes e determinados hábitos, pois falta-lhes ajá citada lucidez que é uma característica fundamental advinda do Ser Teodinâmico. E como na ausência de uma percepção mais ampla não poderão ter outros parâmetros, certamente não reconhecerão que estão erradas, persistindo, em consequência, na manutenção dos comportamentos enganosos. Devido a isto, é muito difícil ajudar a um ser altamente intoxicado porque, se ele não está apto nem a , na manutenção dos comportamentos enganosos. Devido a isto, é muito difícil ajudar a um ser altamente intoxicado porque, se ele não está apto nem a receber sua própria interestimulação ou interindução a nível do Ser Teodinâmico, certamente não será receptivo a uma interestimulação externa que vise a um aprofunda- mento do homem mecânico.

Mas a natureza é muito precavida e esta precaução levou-a à adaptação do amor, revestindo-o de uma forma não muito apreciável na Mãe-Dor. E o homem mecânico se intimida diante do recurso natural da dor que, na verdade, é o amor da Mãe-Natureza aos seus filhos necessitados de um salva-vidas, que surge através de estímulos mais fortes então produzidos.

O sofrimento é sempre proporcional ao grau de percepção e sensibilidade. Impulsionados pela dor, as pessoas buscam, nos recursos do ambiente, as interinfluenciações externas que poderão propiciar o equilíbrio da estrutura orgânica e, mais além, a nível mais profundo, da estrutura intima mais dinâmica do Ser Teodinâmico.

A desintoxicação do homem ocorrerá quando ele mudar seus hábitos, suas atitudes, sua concepção de vida. Ao se reestruturar em novas bases, estará reavaliando todas. as atitudes antigas e criando novos parâmetros. A receita não pode ser a mesma para todos, mas o caminho que conduz ao auto-aprimoramento, à auto-evolução é único: o do autoconhecimento. Considerando-se que os indivíduos encontram-se em etapas diferentes, cada um deverá detectar os fatores que mais o atormentam ou os que mais o levam ao caos orgânico. E se não tiver forças suficientes para erguer-se sozinho e buscar auxílio em si mesmo, deverá tratar de obtê-lo externamente, porém, sem criar dependências. Todo auxílio, ainda que venha a representar a própria libertação, nunca deverá deixar de ser um simples auxílio. Todos devem simplesmente ser auxiliados porque quem verdadeiramente liberta o homem doente é ele mesmo através de suas próprias capacidades.

Com esse objetivo, as pessoas devem fazer uma autoanálise, examinando as condições da própria alimentação. Devem ver em que situação ou em que estado psicológico estão se alimentando, bem como se pensam basicamente na alimentação ou na nutrição. E mesmo que a nutrição seja o principal objetivo, devem verificar o que está sendo mais significativo, se a quantidade ou a qualidade dos ali- mentos, observando, também, os resultados produzidos por aqueles no organismo.

Isto porque a qualidade independe da quantidade. Quando o alimento é de alta qualidade, necessita-se de pequena quantidade. Não se deve atingir a qualidade pela quantidade dos alimentos ingeridos. E, na época atual, nem sempre se atinge a qualidade por maior que seja a quantidade.

A alimentação usada indevidamente perde o objetivo, a funcionalidade. Daí a antiga afirmação: “Faça do seu alimento o seu remédio”. E, sendo a alimentação um meio remediador, a ser usado quando o organismo necessita absorver elementos extraorgânicos doados pelos reinos da natureza, o ato de introduzir, no sistema corpóreo, estas substâncias através da alimentação, deverá ser feito adequadamente, conscientemente e não como um simples hábito.

O homem alimenta-se muito mais do que se nutre. Alimenta-se muito mais do que deve. Desnutre-se pela hiperalimentação. Quando o alimento é ingerido, o organismo, de um modo geral e, especificamente, os aparelhos digestivos e excretor vão trabalhar de acordo com a quantidade que foi absorvida. Se a quantidade for muito maior que a qualidade, o organismo se esvairá a nível da digestão e da excreção, acarretando problemas para a saúde porque os órgãos terão que segregar muito mais substâncias, ou seja, os agentes químicos naturais do organismo necessários à metabolização dos alimentos.

Isto representa um desgaste orgânico que nem sempre é recompensado, em termos substanciais, para um funcionamento mais propicio. Portanto, quanto maior a quantidade e a baixa qualidade dos alimentos, mais se desgasta e se depaupera o organismo, ao invés de nutri-lo.

A alimentação, por conseguinte, tanto depura como intoxica; e o organismo intoxicado toma-se, ainda por cima, indefeso, pois fica incapacitado de lançar o grito de alerta do estado doentio em que se encontra. Um corpo completamente desintoxicado, ao se aproximar de um ambiente poluído, automaticamente reage e adoece apresentando uma sintomatologia correspondente ·à intensidade da invasão tóxica. O organismo reage para manter-se limpo, depurado, desintoxicado. Se a intoxicação é proveniente de alimentação indevida ou de ingestão de álcool ou outro tóxico, o indivíduo automaticamente adoece o suficiente até depurar-se para que não fiquem resíduos nocivos no organismo.
Há pessoas que alegam comerem de tudo e nada lhes fazer mal, que têm uma saúde de ferro. Para elas, a falta de maleabilidade do organismo indica um estado de saúde solidificado. É muito comum, também, as pessoas não compreenderem porque um indivíduo saudável, que nunca foi ao médico, nunca tomou remédios, morre de repente. Na realidade, este individuo já estava muito doente, mas não apresentava sintomas devido à total incapacidade de reação orgânica.

Saúde, portanto, não significa ausência de sintomas psicofísicos. Um quadro sintomático, repetimos, representa uma atitude de defesa do organismo. É sinal que ainda se tem saúde e o corpo está comprometido na tentativa de recuperação. Por outro lado, a ausência de sintomas pode significar, também, ausência de saúde. Neste caso, o corpo não tem mais defesa para reagir aos estímulos, pois perdeu a sensibilidade. Está “emparedado”, impedido de uma reação orgânica, exceto quando se exagera e os sintomas aparecem mesmo.
Um estado de saúde autêntico é um estado de defesa autêntica. Tantas vezes o organismo seja atingido, tantas vezes deverá reagir, deverá desintoxicar-se, mesmo que isto signifique adoecer.

As pessoas pensam que a alimentação, o vestuário, os produtos de higiene devem ser mais suaves unicamente se forem destinados. às crianças em relação aos adultos, podem ser agressivos e danosos, pois, simbolicamente, a conotação de adulto dá uma ideia de impureza, de que já se chegou a uma etapa onde não se precisa mais de cuidados. Vale a pena ressaltar, no entanto, que não só as crianças necessitam de atenções especiais.

A alimentação, por exemplo, deve ser tão cuidada para o adulto quanto o é para a criança. Geralmente, o adulto só usa uma alimentação especial, natural, considerada por muitos como infantil, quando está enfermo, para com isto’ , obter um mais pronto restabelecimento. Contudo, deveria fazer uso constante deste tipo de alimentação e, também adotar hábitos de vida mais suaves, como são os hábitos próprios das crianças.

ALIMENTAÇÃO ENERGÉTICA

Para a medicina oficial, alimentos energéticos são os que dão energia mecânica, muscular. Entretanto, do ponto de vista da alimentação e espiritualidade, os alimentos energéticos são os prânicos, os “quais possuem um poder revitalizante por conterem, também, energias apropriadas à nutrição dos veículos ou corvos sutis da individualidade.

E como se pode detectar quando um alimento é energético ou não? Todo alimento energético é retirado da Terra, do laboratório terrestre, elaborado pela natureza e não, pelo homem. São as frutas, as verduras, as hortaliças.

Existem, no entanto, uma variedade muito grande de alimentos ainda utilizados pelos seres humanos, mas que não são mais apropriados ao estágio evolutivo em que se encontram. As raízes, por exemplo, já deveriam ter sido abolidas porque o homem, devido às características fisiológicas que já possui, só consegue ingeri-las após submetê-las ao processo de cozimento. E alimentos cozidos são alimentos pré-digeridos. O objetivo do cozimento é propiciar uma textura mais equivalente à capacidade ingestiva do homem. A sua estrutura dental já não lhe dá mais a mesma potencialidade de mastigação dos tempos primórdios, exigindo, então, que os alimentos passem por um cozimento para que amaciem e possam ser ingeridos sem muitos danos bucais e digestivos.
O homem é o único animal que cozinha seus alimentos. Em consequência, devido ao calor excessivo do cozimento, ocorre uma dilatação nas células das substâncias alimentares, liberando o substancial energético mais vital e necessário, permanecendo, apenas, o residual mais concreto. E, ao ingerir essa alimentação deficiente, o ser humano torna-se desvitalizado, embora robusto na expressão física. Fica, no entanto, comprometido todo o seu sistema de defesa, de funcionalidade, porquanto os alimentos cozidos são geradores de energia de baixa qualidade.

Ao se cozinhar um alimento, inicia-se uma digestão prematura fora do organismo, alterando-se, portanto, a qualidade do alimento. Tal fato impõe ao organismo substâncias desapropriadas, devido a essas mudanças ocorridas externamente. Quem deve processar a metabolização, a fermentação, a elaboração do alimento é o próprio organismo que tem a capacidade indispensável de graduar a temperatura da digestão de acordo como digerido. É fácil, ao homem, observar que determinados agentes químicos têm comportamentos diferentes em certas temperaturas. Quando se toma ciência deste fato, torna-se óbvia a compreensão da utilidade do controle orgânico da temperatura que irá influir na qualidade química dos alimentos.

No momento em que se ingere alimentos “pré-digeridos”. o corpo sofre e viola-se a consciência digestiva. Impõe-se ao organismo substâncias que, se ingeridas normalmente ao natural, seriam recusadas. Outro hábito alimentar impróprio e prejudicial ao homem é a ingestão de produtos de origem animal porque o conteúdo energético que compõe esses alimentos é de baixo teor, contendo emanações animais que não são mais condizentes com o reino humano. Este tipo de alimentação pode servir aos seres que estão ingressando na vida humana, recém-saídos dos reinos animais inferiores e iniciando-se como homens. Mas mesmo estes deveriam evoluir para outros tipos de alimentação, pois, se passaram para a etapa humana, é sinal que a estrutura física que se habilitaram a receber já estará apta para novas elaborações. Esses seres principiantes, ao utilizarem alimentos de origem animal, estarão alimentando a condição primitiva. Seus veículos ou corpos que estão necessitando de energias mais sutis sofrerão as influências já indesejáveis das energias animais.

Quanto mais primitivo é o ser humano, mais tende a inclinar-se para alimentos de origem animal e, quanto mais sensível e evoluído, mais se distancia destas influências inferiores.

Se os seres humanos conseguissem, através da auto-conscientização, da força da vontade e amor para consigo mesmos, transformar os seus hábitos e utilizar alimentos que fossem veículos de energias mais sutis, adiantariam muito o processo evolutivo da própria natureza humana. Através da mudança dos hábitos alimentares, as pessoas adquirem a capacidade de limpar-se das emanações inferiores, eliminando as substâncias mais grosseiras. No entanto, os indivíduos que, por uma questão de hábito familiar ou social, permanecem no uso de produtos animais, poderão, inclusive, evoluir em algumas facetas. Contudo, no que se refere à sensibilidade espiritual, será muito difícil.

A carne animal, indevidamente usada como alimento possui um nível vibratório que está abaixo da qualidade humana. Por outro lado, contém substâncias venenosas desprendidas pelo animal durante sua morte, pois, no ato do sacrifício, o animal sabe, antecipadamente, que vai morrer e morre relutando, tornando a carne mais tóxica ainda pela liberação de elementos nocivos, tais como a adrenalina, que se transferem para o organismo humano através do consumo alimentar.

O FRUGIVORISMO

Os alimentos energeticamente mais reconstituintes, com maior teor prânico, são as frutas da época, consideradas essenciais por servirem aos planos físico e espiritual simultaneamente. E maior valor alimentício terão se forem retiradas da árvore-mãe pouco antes de serem consumidas. Frutas armazenadas vão perdendo gradualmente o teor prânico que é mantido até o ato da colheita. É necessário que a fruta amadureça na árvore porque, além da vitalidade prática, adquire um sabor especial. O seu teor substancial químico o torna-se, também, de uma qualidade muito superior, pois o contato com a seiva da árvore-mãe permite a doação de substâncias e energias que vão se impregnando até o momento propicio da colheita.

O amadurecimento da fruta significa o desenvolvimento satisfatório ocorrido naturalmente, no tempo exato, devida a ela estar ainda presa à árvore-mãe. É como uma criança que conclui um ciclo completo de gestação, ao passo que os frutos colhidos antes de amadurecerem ficam incompletos, inacabados, não adquirindo o teor prânico adequado às funções orgânicas.

As frutas, quando maduras, estão prontas para serem ingeridas, não necessitando passar por nenhum processo de preparação. São muito mais condizentes com o tipo de dentição do ser humano. Têm teor hídrico ideal e estão mais ao alcance do homem em todos os sentidos, podendo este viver exclusivamente do seu uso se considerar corretamente os tipos que a região oferece nos diversos períodos do ano, bem como quais as que poderão suprir melhor suas necessidades orgânicas.

A fruta é o alimento que mais se adapta ao estado físico humano. Suas substâncias são facilmente assimiláveis, sem obstáculos, não necessitando de cozimento, possuindo já um gosto agradável; alimenta o homem respeitando a sensibilidade dos seus sentidos, não os agredindo, pois são levíssimas e de cheiro suave.

Além das frutas, o mel é outro bom alimento. O Grande Mestre alimentava-se de mel. Ele é formado da parte que contém o fluido mais apurado da planta, as flores, de onde é retirado o substancial mais nutritivo, de altíssima qualidade. Uma dosagem pequena se constitui num alimento completo. Serve de nutriente, de estimulador das partes psíquicas, reativando o cérebro, a sensibilidade, a inteligência.

O mel, sendo totalmente absorvido pelo organismo, não deixa resíduos. É um alimento dos mais condizentes com as funções espirituais, reabastecendo o sistema orgânico através de uma digestão suave, rica, nutrindo e alimentando o psiquismo. Mas, apesar de todas estas qualidades importantes, mesmo assim não deve o homem querer espiritualizar-se só através do mel. Ele é para ser usado com todo o discernimento, em pequenas doses.

Geralmente, o adulto só usa uma alimentação especial, natural, considerada por muitos como infantil, quando está enfermo. Contudo, deveria fazer uso constante deste tipo de alimentação como, também, adotar hábitos de vida mais suaves, como são os hábitos próprios das crianças.

Quando a alimentação é consciente e possui o sentido da nutrição, constitui o recurso natural para a própria evolução das estruturas sutis do ser humano, ou seja, do espírito. Através dos elementos recolhidos pelo organismo, pela raiz-corpo, toda a individualidade evolui não só a nível substancial como a nível das consciências superiores. É a conquista uniforme do próprio sistema individual, sistema este que representa, em si, uma miniatura do Universo, um Cosmo interiorizado e estruturado a nível orgânico.

A partir do momento em que os seres humanos passam a recompor as substâncias orgânicas através da alimentação frugívora, energizada, pranificada, introduzem o organismo em um novo estágio nutricional.

O frugivorismo, praticado corretamente, ou seja, através do consumo de frutas nas épocas certas, é de vital importância para o homem. E quando ele se alimenta com os frutos colhidos adequadamente, entra em sintonia com o ritmo psico-emocional-orgânico da natureza. Este modo de viver irá proporcionar-lhe tranquilidade porque o homem é filho da natureza e, ao entrar em sintonia com os seus níveis de estimulação, não tem por que adoecer.

A natureza recebe estímulos através dos fluxos energéticos das induções cósmicas, obedecendo a toda uma programação específica que define as diversas fases do ano. Os frutos, produzidos em cada uma dessas fases, absorvem ou “solidificam” os níveis mais sutis das interintluenciações cósmicas, levando a matéria ativa, energética para o nível da alimentação. O fruto é o resultado concreto e alimentício da absorção pela natureza, através dos raios solares, de todo um comportamento cósmico.

Quando o homem ingere frutos que foram submetidos ao processo de congelamento, produzidos em estações anteriores, sofre uma disritmia indutivo-energética cósmica. Se a estação que se apresenta é o verão, por exemplo, os alimentos a serem ingeridos deverão ter sido produzidos no verão. Isto porque a programação cósmica imprime, nesta estação do ano, um determinado tipo de comportamento na natureza, comportamento este que, no verão, é adaptável ao clima de temperatura alta. E este fruto, produzido no tempo exato, irá encontrar todo um campo receptivo da estrutura corpórea para que seja absorvido. Estará o homem, então, alimentando-se não só do fruto da época, como da própria energia que é uma consequência natural da indução cósmica veiculada neste fruto.

Absorvendo esta energia no tempo preciso, o homem através da sua indução, recepção e plasmação, após ingerir a fruta, entra no ritmo da natureza cósmica. Isto se dá porque ela irá metabolizar e transformar esta energia em um potencial análogo ao da própria estação do ano que produziu o fruto.

Em uma cadeia sucessiva, da galáxia ao sistema solar, do sistema solar aos meios mais diretos interatuantes na Terra, a indução cósmica interinfluencia os elementos diretamente ligados à mãe-natureza. E esta, que é pródiga e fértil para a reprodutividade, transforma a indução energética recebida em elementos nutritivos e doa-os, na forma dos frutos, ao homem e aos reinos viventes que irão deles necessitar como alimento. Comendo o fruto da época certa o homem harmonizar-se-á com o ritmo e as induções cósmicas. Não sofre, portanto, os efeitos da ritmia energética, pois estará sintonizando o filão, o veio do fluxo e refluxo-interinfluenciativo da época, do m mento exato destas induções.

O mesmo não ocorre quando são ingeridos frutos congelados, produzidos em outras estações. Além de se tornarem alimentos desvitalizados, o “temperamento” neles impresso é diferente do “temperamento” da época e que estão sendo consumidos. Isto cria uma descompensação do homem com a natureza e, em consequência, e perde a sintonia e a integração com as induções cósmica.

O homem possui o livre arbítrio, mas este livre arbítrio é relativo porque o homem é componente de um corpo maior estando, assim, condicionado a uma vontade suprema. E este livre arbítrio jamais poderá atingir a autossuficiência se não estiver acoplado harmonicamente com o Todo do qual faz parte integrante. Por este motivo, na alimentação nunca será diferente. O homem deve buscar o seu próprio caminho desde que este caminho condiza e se harmonize com o Todo que produziu próprio homem e que o mantém vivo.

O todo menor do homem é revitalizado, mantido pelo Todo maior do qual a mãe-natureza faz-se veículo. Ora, se é através da natureza que é ofertado ao homem o fruto de cada dia, aquele necessita estar em harmonia com ela. A mãe-natureza é a grande intérprete das induções da galáxia, do sistema solar. E este poder interinfluenciativo faz com que ela se torne fértil, reprodutora, com uma capacidade de doação em altíssimo grau, necessário a preservação da vida tanto do homem, como dos outros reinos que dela dependem.

Por isto, ou seja, por esta dependência à mãe-natureza, o homem deve admitir que o seu livre arbítrio não é tão livre assim, pois ele está sujeito à lei da interinfluenciação e que interliga a todos no Todo e o Todo a todos.

Assim sendo, deve o homem manter-se condizente com a indução das estações do ano através da ingestão da fruta, da reprodutividade alimentícia-energética que traz em si, a indução do momento. Quando o homem comporta-se de maneira diferente, ingerindo alimentos de outra época, de outra estação não mais condizentes com ritmo ambiental, ele metaboliza estes alimentos na época indevida. Então, o que plasmará energeticamente para a mãe-natureza, para o Cosmo será incompatível com o comportamento de ambos no período que está sendo vivido. E, com isso, o homem desequilibra-se, torna-se sujeito às doenças, pois perde o vínculo mais íntimo, a harmonia, a sintonia com o ritmo cósmico.

O fruto contém, em si, as energias mais sutis, as quais e ser humano ainda não se habilitou a receber diretamente da fonte viva, necessitando do veículo “alimentação’ para poder absorvê-las e transmutá-las. A sensação clã fome impulsiona-o, por sua vez, à buscados alimentos que a natureza oferece. Haverá, porém, um dia, uma evolução fisiológica que habilitará o homem a captar diretamente estas induções energéticas sem a necessidade da ingestão de alimentos pesados servindo de intermediários.

Todavia, devido a esta impossibilidade, a mãe-natureza doa ao seu filho homem o fruto de cada dia, recebendo toda a indução do princípio ativo e deixando-se fecundar em seu útero-Terra. E, com a ingestão correta do fruto certo, são introduzidos, no campo energético do ser humano, substâncias que emanam cargas eletromagnéticas capazes de atrair as induções cósmicas apropriadas. A energia metabolizada pelo organismo através do fruto irá criar um campo atrativo composto por elementos sutis que se alojam nas camadas mais eterizadas da individualidade. Do fruto desprendem-se, portanto, cargas eletromagnéticas que representam os elementos atrativos ou as contrapartes que irão atrair, para a individualidade, as induções cósmicas mais sutis, polarizando-se com elas.

Estas substâncias mais voláteis e dinâmicas, absorvidas através dos frutos, irão automaticamente necessitar de elementos com elas compatíveis, para que possa ser estabelecido o equilíbrio da natureza do homem com a natureza cósmica. São substâncias que funcionam como um princípio passivo reprodutivo, necessitando de um princípio ativo situado fora da individualidade humana.

Para que haja um aumento do campo energético, é necessária a polarização de duas cargas: neste caso, a passiva, fornecida pelo alimento e a ativa, advinda do ambiente externo. Quando estas cargas passivas se fazem presentes no organismo humano através do alimento, dá-se a unificação com as induções cósmicas ativas e o campo energético do homem se amplia. E com a ampliação deste campo, mais elementos serão ganhos e estarão inseridos na proposta individual, cumprindo-se, então, o grande objetivo — o Todo se fazendo no todo menor, numa proposta mais dinâmica, satisfatória, para uma evolução conjugada do Todo maior.

Sintonizando-se com a natureza e, consequentemente com o ritmo cósmico, o homem transforma-se em um ser mais consciente de sua natureza absoluta. E, com este grau de conscientização, faz-se mais espiritualizado, dinâmico, pleno, atuante, tornando-se mais intérprete de si próprio, pois toda sua estrutura psico-emocional-orgânica é composta de partículas provenientes da grande estrutura cósmica.

Entretanto, ao entrar, no ritmo do comportamento cósmico, o homem estará entrando no ritmo de seus comportamentos latentes, impressos nos elementos de origem cósmica que se agruparam para formar a estrutura do seu ser. E este ser, que é como um maestro do corpo, deverá ressoar o seu ritmo sem desafinos. Que o som da individualidade não destoe, para que não se transforme em uma microsinfonia de um único ser, mas que se integre e se harmonize com a grande sinfonia cósmica.

Será esta a auto-realização absoluta pelo encontro do absolutismo no próprio ser. Será o despertamento celular a nível mais profundo, gerando um dinamismo e uma expansão de consciências abrangentes, as quais permitirão que seres humanos realizem, de forma muito mais ampla, as tarefas concernentes às suas verdadeiras funções.

Pensem profundamente na importância da alimentação; e alimentar-se é nutrir-se. Quando o homem se alimenta com consciência, amplia-se e dinamiza-se devidamente, entrando no ritmo cósmico em todos os níveis de substâncias, habilitando-se, então, a um comportamento conjugado e harmônico com Deus.

É necessário que a fruta amadureça na árvore. O contato com a seiva da árvore-mãe permite a doação de substâncias e energias que vão se impregnando até o momento propício da colheita.

O EFEITO PSICOLÓGICO DO ALIMENTO NO SER HUMANO

Na natureza, cada alimento produzido nas diversas estações do ano, constitui o fruto de um temperamento e, em consequência, de um comportamento.

A simbologia de Adão, Eva e a maçã é muito significativa. O fruto proibido representa o fruto indevido e quando Adão o mordeu, se transformou.

Na realidade, os alimentos têm, impressos em si, um temperamento próprio e, por isso, quando ingeridos, induzem a comportamentos característicos através da sua química natural. O homem, em função disto e por ser o animal eleito, feito à imagem e semelhança do seu criador, deve posicionar-se conscientemente acima da mãe-natureza, para ter a capacidade de discernir que determinados alimentos são indevidos porque produzem efeitos comportamentais que não lhe dizem mais respeito.

A medicina oficial deveria utilizar seus recursos tecnológicos e seus cientistas para estudar e conhecer, mais profundamente, o efeito psicológico do alimento no ser humano. O homem alimenta-se indevidamente e, com isso, sofre a indução de atitudes comportamentais indesejáveis. Todavia, este fato não é levado em consideração e os educadores, por exemplo, muitas vezes querem corrigir os efeitos produzidos por alimentos inapropriados através de uma sistemática educacional.

Não se pode negar a relação intima que existe entre a alimentação, temperamento e comportamento. Consequentemente, faz-se necessário que o ato de educar não assuma uma conotação repressora e sim, que se transforme numa oportunidade de esclarecer e conscientizar os indivíduos. Imaginem como é difícil a situação das pessoas que se encontram na fase de ser educadas, se estiverem ingerindo a “maçã- responsável pelos comportamentos considerados indevidos.

Torna-se óbvio, portanto, a grande necessidade de se avaliar os efeitos dos alimentos no comportamento humano.

A mãe-natureza necessita dar passagem a todos os níveis energéticos de manifestação ainda registrados na constituição do planeta. Mas isto não significa que o homem tenha que acompanhar e deglutir todos esses níveis. Ele deve estar acima deles, ou seja, no plano do discernimento, do conhecimento, para saber situar-se em relação a esses níveis e poder programar-se bem, segundo a sua natureza e não segundo os níveis bastante vastos de manifestação planetária. Estará o homem, então, habilitado a acionar a lei do reajuste no que diz respeito à alimentação, o que irá representar o fundamento básico para que a lei do equilíbrio atue a nível psico-emocional-orgânico.

A natureza do homem é uma miniatura da mãe-natureza, porém, já numa etapa que foi atingida após serem vivenciados os outros reinos que o precederam e que o promoveram ao estágio humano. O homem tem, por conseguinte, todas as características impressas na sua natureza. Muitas destas características já foram desenvolvidas em vidas passadas e outras estão por serem desenvolvidas.

Quando se ingere os alimentos, o potencial energético neles retido entra em combinação com estas potencialidades impressas na natureza humana, já desenvolvidas ou não. Podemos comparar o que então acontece, ao método indutivo homeopático: ingere-se a energia para se desencadear, na própria natureza humana, a autodefesa e propiciar um desenvolvimento energético compatível com a indução recebida através da dose homeopática. Da mesma forma, a qualificação energética dos alimentos influi, levando induções, a esses setores impressos, equivalentes ao nível da energia alimentícia metabolizada.

Os potenciais latentes na natureza humana são, então, ativados e entram em movimento. As ondas de emissão dessas características somam-se às substâncias metabolizadas pelo organismo, dando origem a elementos que irão atrair as induções cósmicas. Na combinação dos dois fecha-se o círculo de ação e reação psico-orgânica e orgânico-psíquica.

O que então ocorre é o mesmo já descrito, relativo às energias positivas fornecidas pelas frutas. A diferença é que, em vez de serem atraídas para a individualidade as induções cósmicas mais sutis, acontece o inverso e o homem dá passagem a comportamentos ou a níveis energéticos de manifestação não mais desejáveis.

Estas impressões de vivências anteriores ao estágio humano não necessitam ser reavivadas, mas sim, ter os seus elementos de naturezas diversas transmutados. O homem tem o parâmetro da abrangência porque estão presentes, em si, todos os estágios evolutivos dos reinos da natureza.

Entretanto, essas impregnações ancestrais devem ser transformadas para que ele possa estabelecer-se bem a nível funcional orgânico e psíquico, bem como a nível de toda a programação planetária e cósmica. Propõe-se, para o homem de hoje, o desenvolvimento de um processo ascendente, que o impulsione em direção aos parâmetros do Ser Teodinâmico, baseado, porém, em todas as experiências que antecederam a formação humana.

Os temperamentos de nível mais carnal, impregnados na natureza humana, deverão ser induzidos para o processo funcional da estrutura orgânica. O homem tem distribuídos, na formação estrutural corpórea, os níveis de comportamento mais animalescos impressos em sua natureza. Estes são introduzidos para formar e fazer funcionar a estrutura orgânica. Assim, o que impulsiona ou gera as funções orgânicas da estrutura corpórea são os temperamentos das vidas que antecederam o estágio humano. Estas impregnações ocorrem a nível funcional orgânico para proporcionar a realização do ato metabólico.

Quando o homem vive conforme esses estímulos de suas consciências de vidas passadas, vivencia mais o estimulo funcional metabólico, ou seja, vive mais a nível digestivo. E, através desses processos de digestão, recebe as induções dos alimentos ingeridos unicamente em função dos níveis de comportamento metabólico. Por sua vez, estas partes onde estão impressas as experiências vivenciadas nos reinos da natureza que antecederam ao estágio humano, buscam, igualmente, os estímulos que mais reforçam os seus processos básicos. Assim, as consciências ligadas ao sistema corpóreo passam a requisitar cada vez mais e mais alimentos que satisfaçam aos seus níveis de maior densidade.

Quanto mais pesado o alimento, mais sólido, mais carnívoro, mais próximo está dos reinos mais densos, mais próximo das vidas pregressas e muito mais trabalhoso se torna, para o organismo, digeri-lo. E, quanto mais o organismo trabalhar na digestão destes alimentos, mais difícil se torna a conexão com os níveis superiores da individualidade. Em contrapartida, quanto menos solicitado o aparelho digestivo, tanto mais ativa se torna a função psíquica correspondente à expansão da inteligência.

Na proporção em que o ser humano for instintivo, aliado aos prazeres do corpo, mais sensual ele se tornará. Consequentemente, tanto mais irá requisitar como será requisitado, a deliciar-se das sensações proporcionadas pela ingestão de alimentos indevidos, bebidas alcoólicas e outros vícios destinados a sensibilizar os níveis estimulativos referentes ao corpo denso. Enfim, ele buscará os comportamentos, quaisquer que eles sejam, que produzam um grau de sensação ou de torpor. Tudo passa a ter aceitabilidade, segundo a circunstância que envolve a pessoa no momento. E a interpretação da sensibilidade se inverte: o que deveria significar um sinal de alerta, passa a ser prazeroso. Desenvolve-se, então, uma sensibilidade orgânica desvirtuada, que vai se transformando cada vez mais em sensualidade, sendo, dessa forma, as sensações inversamente interpretadas em relação ao que deveriam ser.

No que se refere à alimentação, em virtude do embrutecimento do paladar, a sensação de gosto vai se tornando cada vez mais fraca, levando o homem ao uso de alimentos com sabores fortes. Considerando este fato, as pessoas deverão ter consciência de algo que é fundamental: devem mudar seus hábitos alimentares independentemente de sentir ou não os sabores. Na medida em que o organismo for se recuperando, o paladar vai sendo reativado e as pessoas passam, então, a sentir o gosto dos alimentos mais suaves. A sensibilidade do organismo vai evoluindo a ponto de não sentir mais necessidade de alimentos muito sofisticados para a sensibilização do paladar.

Convém, no entanto, dizer a essas pessoas que ainda se encontram nesse estágio de embrutecimento dos sentidos que os níveis de sensação, relativos à evolução progressiva positivada, são infinitos. O fato de o homem ficar preso, proporcionando artificialmente, propositadamente os mesmos níveis de sensação, constitui uma enorme pobreza de percepção. Ele se torna incapaz de perceber que a lei da evolução positivada é muito mais rica em níveis de sensação, de sensibilidade. E não percebe, também, que a sensibilidade vai se tornando cada vez mais sutil, dinâmica, progressiva, sendo que, pelo próprio ritmo evolutivo essa detectação através da sensibilidade proporciona e experimenta, a nível de interpretação, outros estágios de substâncias e de exercitações.

A ATITUDE PSICOLÓGICA DIANTE DA ALIMENTAÇÃO E DA DIGESTÃO

Convém lembrar que o objetivo da alimentação deriva-se da necessidade de reposição das substâncias químicas e energéticas a ser realizada através dos alimentos. Mas, para que estas substâncias e estes conteúdos energéticos possam ser absorvidos, é necessário que entrem em combinação químico-orgânica com as substâncias segrega-das pelo organismo no ato da metabolização alimentar. E a qualidade destas substâncias segregadas irá depender do estado emocional e orgânico no momento da alimentação.

Tudo deverá ter início como ato de mastigar. Quando o alimento é ensalivado, através dos nervos sensitivos da língua, do palato, da garganta, dos dentes e de toda a cavidade bucal, os canais sutis absorvem o componente energético prâna, transferindo-os para os veículos ou corpos de frequências menos densas que deles se nutrem. Estes condutos são conjugados ao mecanismo que saliva e estimula a mastigação, estando presente em toda a região da boca.

Os dentes absorvem a energia dos alimentos ativando os nervos de comunicação sutil mediante o atrito da mastigação. É por isso que o homem, ao se alimentar devidamente através de uma mastigação mais demorada, estará alimentando também, energeticamente, seus veículos sutis mais próximos do corpo físico, muito dependentes desta nutrição prânica alimentar. Por sua vez, a saliva não só é importante para diluir a massa alimentar, ajudando na digestão estomacal, como, também, é grande condutora da energia contida no alimento e que, no ato da mastigação, deverá ser absorvida pelos filamentos energéticos capilares presentes na cavidade bucal.

Ao ser detectado que o alimento é agressivo ou antinatural, por intermédio das películas sutis que envolvem as papilas gustativas e pelo tato da língua, interagindo com o olfato, automaticamente, os canais energéticos se fecham. Este é um mecanismo natural de defesa para que os outros veículos de frequências mais elevados não sejam atingidos, evitando-se, com isto, um comprometimento além do físico. E a constância desses hábitos errôneos faz com que se perca a capacidade de estímulos dos condutos energéticos, embrutecendo-os, o que se refletirá negativamente em todos esses veículos sutis.

Uma boa nutrição irá depender da escolha apropriada dos alimentos. Por outro lado, é igualmente necessário que haja uma predisposição favorável do organismo para o recebimento dos alimentos absorvidos. O corpo humano segrega substâncias que vão se aliar aos elementos introduzidos no organismo, compatibilizando-se com eles e gerando um terceiro estágio que é o da metabolização daquilo que foi ingerido.

No entanto, esta predisposição favorável irá depender do estado emocional, ou da maneira como as pessoas se sentem e se comportam durante o ato alimentício. As funções metabólicas reagirão de acordo com este aspecto emocional, sendo diretamente influenciadas pelas atitudes internas e externas assumidas perante o alimento.

Não se deve ingerir o alimento distraidamente. O homem pode escolher alimentos de boa qualidade, mas, se não preparar o organismo para recebê-los e metabolizá-los devidamente, isto de pouco adiantará. 

E necessário que se tenha plena consciência do que vai ser ingerido e que isto seja informado ao sistema orgânico. Assim, este poderá segregar as substâncias que, conforme a informação perceptiva, irão atuar na metabolização do alimento absorvido.

Quando as pessoas escolhem tranquilamente o que vão ingerir e dão tempo ao organismo de tomar o devido conhecimento disto, este, ao fazer a identificação, automaticamente, começa a segregar as substâncias apropriadas e compatíveis com aquilo que será metabolizado. Isto é tão óbvio que, quando se pensa em uma fruta muito ácida, por exemplo, começa-se imediatamente a segregar mais saliva. E isto ocorre porque haverá a necessidade de uma maior quantidade de elementos a serem fornecidos pela saliva, os quais deverão se combinar com as substâncias ácidas para impedir que o organismo seja agredido.

Quando as pessoas pensam em algum alimento do qual estão realmente necessitadas, poderão facilmente perceber e sentir que todo o organismo passa a se preparar para recebê-lo. Este é um ato integrado, ou seja, a ingestão do alimento é combinada com a estimulação necessária do organismo para recebê-lo adequadamente e, com isso, metabolizá-lo bem, atingindo a tão indispensável nutrição. Repetimos, portanto, que não só é importante a escolha do alimento, como, também, a atitude que se tem perante e durante o ato alimentar.

Não se deve ingerir alimentos estando-se preocupado, aborrecido ou distraído com fatos e circunstâncias alheios ao relacionamento íntimo que sempre deve ser mantido com estes alimentos que estão sendo assimilados. É necessária muita atenção, muita integração para que o sistema orgânico adquira, conscientemente, as condições favoráveis ao teor energético-substancial específico que cada alimento possui.

O homem interfere energeticamente, quimicamente, comportamentalmente no alimento, tanto quanto o alimento no homem. Existe uma atuação dual, autêntica nesta relação alimento-homem, homem-alimento. Da mesma forma que o alimento exerce uma reação ou uma ação no organismo do homem, este também atua no alimento através do seu grau de receptividade e consciência em relação ao que está sendo ingerido. Consequentemente, é de vital importância que as pessoas mantenham uma atitude integrativa no ato de se alimentar.

E todos os sentidos devem participar deste ato solene. As pessoas devem consultá-los no que diz respeito aos alimentos porque todos eles, juntos, formam um eficiente sistema de defesa e, também, de estimulação do próprio organismo. No ato de mastigar, inclusive a audição deve estar ativa, acompanhando os sons emitidos e captando também, introspectivamente, a deglutição e até mesmo as primeiras reações orgânicas.

O ato de alimentar-se exige tranquilidade, silêncio, uma atitude meditativa e reflexiva com relação a tudo o que está sendo ingerido. Deve-se assumir uma postura de interiorização, porém, dinâmica, alerta, com todos os sentidos concentrados neste ato de tamanha importância. É necessário refletir sobre o que está ocorrendo no sistema orgânico, para que haja uma conscientização dos efeitos que estes microorganismos, contidos no alimento e que se entranham nas paredes digestivas, irão produzir tanto no corpo físico, como em todas as estruturas energético-sutis componentes da individualidade.

Se o homem estiver em uma atitude desintegrativa de irritabilidade, os alimentos irão contar, apenas, para recebê-los, com as substâncias que, automaticamente, o organismo segrega nestas situações. E elas não poderão atuar beneficamente nesta combinação energético-substancial alimentícia, pois a sua composição será diferente daquela que, em condições ideais, seria segregada para metabolizar estes elementos nutrientes. Se a atitude for de distração, de desligamento quanto ao que se ingere, o organismo será tomado de surpresa e ficará totalmente desprevenido em relação ao que irá receber. Não terá tempo, portanto, para segregar as substâncias apropriadas, tendo início, então, um corre-corre, uma agitação orgânica de última hora. Mesmo que as pessoas psicologicamente não se sintam assim, o organismo entra em estresse, tentando produzir, apressadamente, os elementos necessários à digestão.

É de extrema importância que o ser humano se conscientize de que a conquista da capacidade de selecionar as boas substâncias alimentícias, por si só não basta.

É necessário, também, a conquista e o controle da segregação orgânica que irá atuar nestas substâncias alimentícias, ou seja, a harmonização destes dois campos energéticos, para que se possa atingir, então, o objetivo básico da nutrição perfeita.
O ato de alimentar-se é um ato de oração para com a própria individualidade e para com Deus. E não existe uma outra oração tão precisa, tão gratificante e tão reconstituinte do sistema orgânico. Ela representa o Poder Energético, a benção Divina através do alimento, do fruto agraciado que doa ao sistema orgânico as substâncias necessárias, habilitando-o a ser fiel ao poder indutivo do Ser Teodinâmico que o anima.

OS HÁBITOS ALIMENTARES E A SOCIEDADE HUMANA

O homem moderno, devido ao estresse psico-emocional a que está submetido, tem o seu potencial energético-celular desgastado. A tensão da vida moderna lhe impõe uma sobrecarga além da capacidade humana, roubando-lhe a vitalidade de defesa orgânica, depauperando-o, fazendo-o indefeso. Em consequência, ele se torna inconsciente de si, de seus deveres, dos seus direitos, do que lhe compete e do que não compete. Fica, então, à mercê do poder indutor que comanda a sociedade e que é desprovido de uma lógica precisa, sendo incapaz da indução correta de seus elementos componentes.
E o homem passa a ser impulsionado, conduzido por este poder indutor, caindo assim, num círculo vicioso que o aprisiona e o adoece. O câncer, as neuroses, a paranoia, a velhice precoce, a ignorância, a insensibilidade, o erotismo, as aberrações e muitas outras doenças degenerativas da personalidade, do caráter, do sistema orgânico são uma constante na sociedade moderna. E tudo isto é ocasionado por esta indução do círculo vicioso social que, por sua vez, está dominado pelo sentido socioeconômico conveniente a alguns e não a todos.

O homem moderno é estimulado na sua parte infantil da criança rebelde, ambiciosa, teimosa. Ele vive na fase infanto-juvenil, sendo, então, impulsionado por esta sociedade, viciadora e já viciada, que se vale destas circunstâncias para direcionar os processos socioeconômicos em beneficio daqueles que manuseiam todo este potencial, que diríamos, decisivos da condição humana. E são malbaratados os costumes, a alimentação, a educação, os valores morais — se bem que poucos, muito poucos, ainda, consideram a condição moral como sendo uma questão sócio-familiar digna de atenção.

Todos estes fatores já estão amplamente comprometidos, em função desta exploração da imaturidade infanto-juvenil do homem que não foi devidamente trabalhado, educado, conduzido. Tudo se deturpa. “Viva a liberdade, viva o sentido de libertação”, dizem os homens modernos! E, como isto, vivem a libertinagem, sobrepondo-a aos valores da liberdade. O sentido das coisas se invertem e os homens adoecem, as famílias desmoronam.
A alimentação se transforma na intoxicação e a nutrição no depauperamento. Os alimentos passam a ter um cunho artificial, industrial, sendo induzidos através de estímulos comerciais que exploram o lado inconsciente, inconsequente do ser humano imaturo. Às mães, esposas e donas-de-casa,modernas é dito: “Não estraguem suas mãozinhas, seus esmaltes, suas delicadas unhas. Tudo já vem pronto, é só abrir e utilizar! “E a mulher moderna, mal conduzida e orientada em relação ao seu verdadeiro papel na sociedade, na família, como esposa e mãe educadora, torna-se, também, uma vítima. Passa a competir com o homem de maneira indevida, com um sentido de liberdade ou de liberação deturpada, desorientada, mal-conduzida. Nega os seios aos seus filhos por uma questão de estética ou por não ter paciência, por não ter mais tempo a perder com a amamentação. Tem o corpo estressado devido às exigências da supervalorização do seu aspecto físico que necessita ser explorado, utilizado e cuidado aos extremos, mesmo que em detrimento da família.

Todos se tornam vítimas desse círculo vicioso social: as mulheres, os homens, a crianças e, assim, adoecem e morrem de maneira indevida, muito antes do tempo. Geralmente, o diagnóstico da causa mortis é cancerígeno, cardiovascular ou suicídio. E suicidam-se intoxicando-se, envenenando-se a cada ato, a cada momento.

Os homens estão sendo recebidos nos planos espirituais, ao desligarem-se da matéria, como os suicidas da vida moderna, portadores de emanações energéticas corrosivas, tóxicas, de péssima qualidade, consequentes da alimentação indevida, dos vícios, das doenças degenerativas. Na realidade, o comportamento dos seres humanos ainda não se tornou condizente com a evolução orgânica já adquirida. Muitos teimam em permanecer na fase das raízes, na fase carnívoro-sanguinolenta, ativando cada vez mais as reações pregressas da sua evolução e reavivando, com isto, na memória coletiva, os instintos mais animalescos.

No entanto, o ser humano de hoje, com suas características mais delicadas e sua estrutura sensibilíssima, já está apto a um comportamento mais sublime. O seu corpo aprimorado não deve continuar sofrendo as degenerações consequentes das ações indevidas e incoerentes praticadas pelo homem contra si mesmo.

Na história da humanidade, já houve raças que atingiram um estágio evolutivo muito alto; e isto se refletiu, devido à lei da propagação, na evolução da espécie humana. Esses povos deixaram toda uma herança informativo-influenciativa das características orgânicas e fisionômicas que promoveu a raça humana aos estágios atuais. O homem atua na evolução tanto quanto o poder cósmico, as induções cósmicas, num fluxo e refluxo interinfluenciativo, para que permaneça, ajustadamente, a interdependência em todos os níveis de exercitação.
Isto ocorre a cada vez que uma criança é concebida, nascida e criada. O que vocês chamam de espirito ajusta-se na informação genética da família com a qual conviverá por um período. Por outro lado, se dá uma reciprocidade, isto é, esta informação genética irá atuar no espírito tanto quanto o espírito na informação genética, através de um reajustamento que deverá ocorrer entre ambos.

Pode parecer que esses assuntos fogem um pouco dos temas relativos à alimentação, mas, entretanto, tudo estará relacionado. O homem precisa ter consciência desta interligação sucessiva, senão os seus conhecimentos cairão sempre nas vacuidades.

O alimento é um recurso de reabilitação energético-substancial. Todavia, se as substâncias ingeridas não forem compatíveis com a proposta da estrutura informativo-fisiológica do homem, não só esta estrutura ficará deformada, como será deflagrada uma cadeia interligante de comportamentos indevidos e desajustados relacionados a ela.

O que sucede, nos dias de hoje, é que a sociedade, em geral, não se empenha na tarefa de esclarecer os cidadãos dos assuntos que se referem à higiene, à saúde, à alimentação. E quando estes temas são abordados, o enfoque dado a eles passa a ter uma conotação sócio-econômica, industrial. A higiene passa 4 ser sinônimo do consumo desenfreado de essências industrializadas, repletas de ingredientes muitas vezes tóxicos, de ação corrosiva pela presença, dentre outras substâncias, do álcool. Este, por ser volátil, evapora-se rapidamente, afetando os veículos sutis do homem mais ligados à matéria, entorpecendo-os e deformando-os.

No que se refere à saúde, ela é relacionada aos remédios, às pílulas, à indústria químico-laboratorial. E o homem diz: “Comerei do que quiser, a vida é tão curta, vou morrer mesmo, morrerei satisfeito, morrerei prazeirosamente”. Se entrega, assim, às atitudes animalescas, às sensações grosseiras, ingerindo, a título de “alimentação”, as mais nefastas substâncias corrosivas, desagregadoras. E, quando o organismo dá o sinal de alarme, depauperado, carente das vitaminas, das proteínas, ele argumenta: “Mas, se tenho todas as pílulas repositoras destas carências, porque alimentar-me de uma maneira que não me satisfaz? Basta dirigir-me a uma farmácia e adquirir estas pílulas mágicas que me darão todas as substâncias de que necessito!” Perde, assim, a alimentação, a sua finalidade única que é a de nutrir, de revitalizar.

É muito triste verificar-se que o homem chegou à situação de considerar o dinheiro corno sendo um valor acima dos valores reais, verdadeiros, eternos. Em nome da liberdade, do modernismo e de tantas outras coisas, ele se deixa induzir pelos convites-imposições destas indústrias inconsequentes. No entanto, estas indústrias poderiam utilizar de um modo muito mais construtivo todo este potencial de inteligência, de aprimoramento tecnológico, científico, administrativo, industrial, sem que viessem de encontro aos direitos naturais de uma sobrevivência digna.

A energia monetária está acima da dignidade do homem moderno. Em nome desta energia, tudo é válido porque a sociedade moderna dita: “Serás bem aceito se tiveres o que oferecer, o que compartilhar ou com o que competir a nível sócio-econômico”. A própria justiça humana já está comprometida por esta energia. E onde ficam, nisso tudo, a dignidade, os sentimentos apurados? Onde fica o filho de Deus? Está tolhido, não pode se manifestar porque senão será apedrejado, será contido, repelido.

O homem, se quiser conquistar “um lugar ao sol”, como dizem, necessita deixar-se adoecer para entranhar-se neste círculo social viciado e vicioso. É muito triste! Mas, se ele não despertar por si mesmo, a dor virá alertá-lo com uma dosagem equivalente às suas degenerações, às suas omissões. Quanto mais o homem der permissão para a própria queda, tanto mais será atingido pela dor e induzido a erguer-se, a levantar-se.

É o momento de ser utilizada a força cósmica através da lei da transformação. Faltam os corajosos para darem os primeiros passos. E por que não ser você? Você, leitor, que neste momento está nos recebendo através destas palavras impressas. Que seja você o indutor da evolução Divina, Cósmica para a evolução progressiva positivada. Descondicione-se, que estará atuando no descondicionamento social; é, através do seu exemplo, surgirão outros porque todos estão insatisfeitos e sentimos isto. Sinta-se o responsável pelo basta que todos necessitam dar a esta sociedade viciada e viciadora, em nome da saúde, da dignidade humana, em nome dos seus, em nome dos nossos, em nome do Deus.

Que a energia Divina se faça presente na sua pessoa, nos seus pensamentos, sentimentos, atitudes e gestos. Que todos eles sejam conscientes e não se transformem em hábitos condicionados que são sinônimos da própria inconsciência. Que a revalidação de cada ato se torne uma demonstração de integridade, de amor, de consciência plena. Dé um não ao homem condicionado, condicionador, injusto e inconsciente. Pense, decida-se, transforme-se que estará transformando o próprio mundo.

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